domingo, 9 de dezembro de 2007

Aquelas Velhas Amizades


AQUELAS VELHAS AMIZADES

Padre Zezinho

Eu já tive milhares de companheiros e colegas.


Dentre eles, fiz centenas de bons amigos.

Mas nem todas as amizades duraram.

Algumas pareciam sólidas como rochas,

mas não resistiram aos tempos

e às circunstâncias.
Assim sobraram poucos amigos de infância,


pouquíssimos amigos de escola,

poucos amigos de adolescência,

poucos amigos de juventude.

E pensar que agente brincava todos os dias,

via-se todos os dias

e não saia da casa um do outro...


De repente, outros afetos, outros amigos,

outros interesses, outro tipo de vida,

longos anos de distância

e mil preocupações da vida

nos afastaram totalmente.

Agora não sei onde andam

e os que vejo aqui e acolá

são amigos de "Bom dia"...

Mas nada acontece.

A gente se respeita e se admira,

mas a amizade de infância,

de juventude não volta.


Mudaram eles ou mudei eu?

Ou foi a vida que nos mudou a todos?

Restam algumas amizades fiéis

que resistem a tudo...


O que sei é que fiz muitos amigos

e não conservei aquelas amizades.

De bons amigos que éramos,

somos hoje bons conhecidos

que se saúdam de passagem e se respeitam.
Às vezes nem isso.
Crescemos e nossa amizade ficou lá no passado.


E eu digo a mim mesmo:

"Feliz o homem que sabe cultivar sua roseira;

talvez não seja tarde...

Roseiras velhas também produzem

rosas lindas e viçosas.

Basta recultivá-las..."

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