sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Pirilampo

Não se julgues imprestável
Num aldeamento de colonização, surgiu um químico dedicado à fabricação de remédios pesquisando as qualidades de certo arbusto que existia unicamente em cavernas.
Detendo informes de antigos habitantes da região, muniu-se de lâmpada elétrica, vela e fósforos para descer aos escaninhos de grande furna.
O homem começou a distanciar-se da luz do sol e porque a sombra se condensasse, acendeu a lâmpada desdobrando uma corda que, na volta, lhe orientasse o caminho.
A breves instantes, porém, as pilhas se esgotaram. Recorreu aos fósforos e inflamou a vela, entretanto, a vela se derreteu e os fósforos foram gastos inteiramente, sem que ele atingisse o que desejava.
Dispunha-se ao regresso, quando viu em pequeno recôncavo do espaço estreito e escuro o brilho intermitente de um pirilampo.
Aproximou-se curioso e, à frente dessa luz, achou a planta que buscava, com enorme proveito na tarefa a que se propunha
...............
Anotemos a conclusão.

Quem não pode ser a luz solar, terá possivelmente o clarão da lâmpada.
Quem não consegue ser a lâmpada terá consigo o valor de uma vela acesa ou de um fósforo chamejante.
E quem não disponha de meios a fim de substituir a vela ou o fósforo, trará sem dúvida, o brilho de um pirilampo.
ANTOLOGIA DA CRIANÇA, Emmanuel

Um comentário:

Anônimo disse...

Que lindo!! Muito bonita a história, um exemplo. Também adorei as imagens. Beijos Ana:)